No horário previsto para sua cirurgia você será levado ao centro cirúrgico. É importante que saiba que as salas do centro cirúrgico são grandes e possuem muitos equipamentos. Diversos profissionais estarão na sala de cirurgia: enfermeiros, técnicos de enfermagem, instrumentadores e os cirurgiões. Tudo isso é para cuidar melhor de você, com toda a segurança.

Durante o procedimento, o anestesiologista estará presente, monitorando cuidadosamente todas as funções vitais. Através de monitores especializados, ele acompanhará sua pressão arterial, os níveis de oxigênio no sangue e, conforme necessário, o nível de sedação e relaxamento muscular. Em casos mais complexos, outros dispositivos de monitoramento podem ser utilizados para verificar sua função cardiovascular, respiratória e o impacto dessas funções no cérebro. Essa atenção constante possibilita a identificação rápida e a correção de quaisquer alterações, assegurando a estabilidade de condições pré-existentes, como diabetes e problemas cardíacos. O anestesiologista garante que você permaneça confortável e monitora de perto seus sinais vitais durante todo o procedimento.

Para acompanhar tudo que acontece com você durante a cirurgia, os anestesiologistas irão monitorizar sua pressão arterial, seus batimentos cardíacos e a oxigenação do sangue. Nenhum destes monitores é doloroso e é importante que você saiba que este é um procedimento padrão para todos os pacientes em todas as cirurgias.

Dependendo do tipo de cirurgia (cirurgias de maior porte e/ou em pacientes mais graves) são necessários outros monitores mais avançados.

Muitas pessoas pensam que a anestesia é a injeção de apenas um medicamento. Décadas atrás, na época do éter e do clorofórmio, usava-se apenas um agente.  No entanto, hoje em dia os anestesiologistas contam com inúmeros medicamentos diferentes, cada um com propriedades únicas, que atuam juntos para alcançar uma anestesia que garanta um rápido despertar e a menor dor possível.

O desenvolvimento de diversos novos medicamentos anestésicos juntamente com grandes melhorias na monitorização, tornou a anestesia muito segura atualmente. O anestesiologista fará a opção pela melhor técnica anestésica para o seu caso.

Algumas das técnicas anestésicas mais usadas no dia-a-dia são a sedação, a anestesia local, anestesia tópica, a anestesia geral e a anestesia regional (bloqueios periféricos, raquianestesia, anestesia peridural, entre outros).

A sedação é uma técnica utilizada na anestesia para reduzir o nível de consciência do paciente, visando diminuir a ansiedade e proporcionar maior conforto durante procedimentos desagradáveis. Essa técnica é classificada em três níveis:

Sedação leve: tem como principal objetivo diminuir a ansiedade, induzindo um estado de relaxamento. O paciente permanece acordado e responde normalmente a estímulos externos, como conversas.

Sedação moderada: o paciente aparenta estar em estado de inconsciência, mas ainda responde a estímulos como toque e voz.

Sedação profunda: leva o paciente a um estado de consciência mínima, respondendo apenas a estímulos dolorosos.

A sedação não é voltada principalmente para o alívio da dor e, por isso, é frequentemente combinada com outras técnicas anestésicas, como anestesia local, raquianestesia/peridural e bloqueio de nervos periféricos.

A escolha do tipo de sedação a ser utilizada é individualizada, levando em consideração as necessidades específicas de cada paciente e o tipo de procedimento realizado. Um profissional experiente é capaz de determinar a dosagem apropriada sem causar depressão respiratória e também pode ajustar a sedação conforme necessário durante o procedimento.

Geralmente, a sedação administrada pelos anestesiologistas é realizada por via intravenosa. Já a sedação por via oral e intramuscular é reservada para casos de medicação pré-anestésica, quando esses remédios são administrados no quarto do paciente antes de sua transferência para o centro cirúrgico.